Santa Catarina bate recorde de casos de dengue em 2020
Foto: Rodrigo Nunes / Ministério da Saúde
O estado contabiliza 9.200 casos confirmados da doença em 2020, número é mais do que o dobro do que foi registrado em todo o ano de 2016, também marcado por epidemia e com o registro de 4.379 casos.
Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde reforça as medidas de prevenção para evitar a disseminação da doença.
A pasta monitora diariamente a situação da dengue no estado, além de acompanhar e auxiliar tecnicamente os municípios nas ações a serem realizadas.
De acordo com o último boletim divulgado pela DIVE/SC, foram notificados 16.972 casos de dengue no estado.
A maioria dos casos confirmados é autóctone (8.783).
O município de Joinville concentra 80,1% do total desses casos do estado (7.034).
Além disso, 64 casos confirmados (62 em Joinville, um em Florianópolis e um em Itajaí) apresentaram sinais alarmantes (dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, letargia, sonolência ou irritabilidade, hipotensão e tontura).
Entretanto, todos evoluíram para cura.
Santa Catarina teve epidemia de dengue em 2015 com 3.619 casos, 2016 com 4.379, 2019 com 1.911 e 2020 com 9.200 até o último dia 13 de junho.
A caracterização de epidemia ocorre pela relação entre o número de casos confirmados e de habitantes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.
Sobre a dengue:
A dengue é uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo.
Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado.
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40° C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.
Manchas pelo corpo estão presentes em metade dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas.
Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
Todos os quatro sorotipos do vírus da dengue circulantes no mundo (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) causam os mesmos sintomas, não sendo possível distingui-los somente pelo quadro clínico.
Pessoas que estiveram, nos últimos 14 dias, em uma cidade com a presença do Aedes aegypti ou com a transmissão da dengue e apresentarem os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para o diagnóstico e tratamento adequados.
Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
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Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
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Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
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Mantenha lixeiras tampadas;
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Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
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Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
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Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
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Mantenha ralos fechados e desentupidos;
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Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
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Retire a água acumulada em lajes;
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Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
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Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
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Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
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Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
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Caso apresente sintomas, procure uma unidade de saúde para o atendimento.