Mais de 30% dos pais desprezaram a vacinação dos filhos em razão da pandemia
Segundo dados divulgados pelo IBOBE, 90% da população brasileira considera a vacinação importante.
Porém, apenas 50% checam se o calendário vacinal está em dia.
Destes, 9% consulta o calendário vacinal apenas quando há surto de doenças em suas respectivas cidades e 17% nunca verificam ou não sabem se possuem registro de vacinação.
Um dado que chamou a atenção de muitos especialistas é que cerca de 33% dos pais desprezaram a vacinação das doses recomendadas para seus filhos por conta da pandemia.
Dados do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde apontam que cerca de metade das crianças brasileiras não recebeu todas as vacinas previstas no Calendário Nacional de Imunização em 2020.
Ainda segundo o PNI, Santa Catarina têm 58,69% da sua população com a cobertura vacinal em dia.
Espaços de vacinas
Os espaços de vacinação tem o intuito de facilitar a vida das pessoas na procura de vacinas.
Um exemplo é a Imunizze Farma, localizada no Shopping Park Europeu, em Blumenau, que oferece todos os tipos de vacinas existentes no mercado.
O espaço conta com serviço de vacinação e imunização humana, enfermeiros, farmacêuticos e técnicos capacitados para atender pessoas de todas as idades.
Carla Moreno, enfermeira no espaço de vacinas Imunizze Farma, informa que a interrupção do calendário de vacinação pode aumentar a probabilidade de surtos das doenças que deveriam ser imunizadas com as vacinas:
“Para evitar esses surtos é importante não atrasar as vacinas. Além disso também é importante pensar que a imunização não só traz benefícios para quem se vacina, mas para a comunidade como um todo”.
“Ao serem vacinados, esses indivíduos interrompem a transmissão de doenças, processo que chamamos de efeito rebanho”.
“A vacinação em dia é algo necessário para crianças e adultos. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) preconiza uma série de vacinas que vão desde o nascimento, como a Hepatite B e a Tuberculose, que são feitas ainda no hospital nos primeiros dias de vida, até a terceira idade”.
Ao ser questionada sobre a vacinação ser mais direcionada às crianças, Carla explica que é pelo fato de ser durante os primeiros meses e anos que o ser humano recebe grande parte das vacinas disponíveis:
“Isso é feito para que a imunidade contra as doenças seja estabelecida o mais cedo possível, porém, muitas vacinas necessitam de doses de reforço ao longo da vida, como a vacina contra o tétano, que deve ter repetida a cada 10 anos e a Herpes Zoster que tem indicação de uso apenas após os 50 anos”.